Trabalhadores voltam aos seus postos a partir de amanhã (22)
Em audiência realizada hoje (21), às 13h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Justiça determinou que todas as partes envolvidas na greve dos trabalhadores do Poupatempo/Lapa participem de uma audiência de conciliação nesta quarta-feira (23). Dessa forma, o governo do Estado, por meio da Prodesp, e as empresas que fazem parte do consórcio terão que participar.
A Justiça também determinou que os contratos sejam abertos e que se tenha uma comparação de todos os salários das unidades do Poupatempo no Estado. Determinou ainda a volta dos grevistas ao trabalho até o julgamento da greve, que ficou marcado para o próximo dia 30/01 – caso não haja conciliação entre as partes.
A determinação da Justiça em abrir os contratos é um avanço, pois essa abertura pode mostrar como é possível os trabalhadores que têm a mesma função ganharem de forma diferenciada. Este é o motivo da greve na unidade da Lapa – o que já motivou outros movimentos em unidades do interior e da capital. Os trabalhadores terceirizados da Lapa ganham os menores salários do Estado (entre os 31 Poupatempos).
Os trabalhadores, que hoje têm salário de R$ 655,40, lutam por um piso de R$ 953,52 (salário recebido por outras unidades do Poupatempo na capital). O movimento, que conta com grande adesão, cobra equiparação salarial com as outras unidades.
“A decisão de abrir os contratos é uma derrota para a empresa e um avanço para se ter no futuro uma equiparação salarial em todas as unidades do Poupatempo”, afirma Genival Beserra Leite, presidente do SINDEEPRES.
Para o Sindicato a determinação da volta dos trabalhadores aos seus postos a partir de amanhã (22) mostra que o movimento é pacífico e colabora com a Justiça. “Nós sempre vamos ser a favor de prestar o melhor serviço à população, como já foi provado em pesquisa que atesta que o atendimento no Poupatempo é excelente. Por isso, voltaremos ao trabalho, mas com a mesma disposição para aguardar a Justiça do Trabalho”, comenta Genival.
O Sindicato mantém o plantão de greve e acompanhará a volta ao trabalho e se a empresa efetuará amanhã (22), como determinado pela Justiça, o pagamento do vale transporte – pelo descumprimento, a empresa pagará multa de R$ 80,00 (por trabalhador), estipulada na audiência de hoje.