Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo.

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Ricardo PatahO presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e também atual presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, foi o entrevistado no programa Sindeepres Entrevista em setembro (19). Falou sobre a atuação da central sindical, a importância de se sindicalizar, a necessidade de se regulamentar a terceirização e de ser feita uma reforma política.

Patah apresentou os principais desafios diante da UGT, que surgiu há apenas sete anos para valorizar não só a relação capital e trabalho (salário e benefícios), mas influir em políticas públicas em favor do trabalhador, visto também como cidadão. “O que significa inclusão social, melhores condições de educação e saúde. São áreas antes não abordadas de forma consistente pelo movimento sindical”, disse.

Sobre o número de sindicalizados, afirmou que embora o país esteja passando por um processo de pleno emprego, o trabalhador tende a se afastar do movimento sindical. Entretanto, os números são relativos: nos Estados Unidos a média é de 7% de sindicalizados, enquanto no Brasil é de 17%.

“Mesmo tendo índices de inflação baixos, estamos muito acima da média (dos EUA) e nos aproximando dos países europeus”, destacou. Segundo ele, isso ocorre por conta de uma série de atividades de prestação de serviços oferecida pelos sindicatos. “O SINDEEPRES, por exemplo, oferece assistência odontológica, jurídica e convênios com universidades e possui política do salário mínimo, um dos instrumentos mais poderosos para a distribuição de renda”.

A respeito da conscientização de jovens trabalhadores sobre a importância do movimento sindical e da sindicalização, Patah destacou a necessidade de se compreender a percepção e a linguagem da juventude. Por isso, segundo ele, a UGT possui uma secretaria destinada a esse público, além de promover seminários e intercâmbios internacionais e convênios com universidades, no intuito de atrair o jovem para o sindicato. “Se não houver essa relação, o movimento sindical envelhece e morre.”

No que diz respeito às atuais lutas do movimento sindical, deu destaque à redução da jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas. “Você inicia um processo de recolocar pessoas desempregadas no mercado de trabalho e poderá qualificar profissionais para vivenciar os novos momentos que a tecnologia nos apresenta.”

Com relação ao Projeto de Lei 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que pretende regulamentar a terceirização no Brasil, Patah diz ser favorável à aprovação de uma legislação que traga segurança jurídica a trabalhadores e empresários, embora faça ressalvas ao artigo 4º do PL, que segundo ele, não deixa claro sobre a atividade-fim da empresa (a área específica da empresa). “Compreendemos que a terceirização não pode alcançar a finalidade principal da empresa”, destacou.

Sindeepres Entrevista tem três blocos de perguntas, sendo que o último é dedicado a questões, comentários e observações de internautas, que chegam pelo e-mail tv@sindeepres.org.br.

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