Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo.

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, visitou nesta quinta-feira (14) à Câmara de Assuntos Trabalhistas e Sindicais da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fesaúde/SP) quando abordou diversos assuntos sobre as mudanças trabalhistas, como o fim da escala do 6×1, a alta rotatividade no mercado de trabalho e a necessidade da indústria de investir em tecnologia e reduzir os acidentes de trabalho. Ele afirmou que “continuaremos num ciclo de crescimento de emprego”. O ministro defendeu a necessidade de frear despesas para equilibrar as contas públicas, mas com cautela, debatendo com a sociedade. “Existe um ritmo de despesas que precisam ser contidas”, afirmou, ressaltando o rombo nas contas públicas deixado pelo governo anterior.

O fim da escala 6×1 também foi assunto abordado pelo ministro durante a visita. Segundo ele, a “jornada de 44 horas de trabalho é perversa e cruel com os trabalhadores, principalmente, para as mulheres”. “Infelizmente, sobra o domingo para a mulher que trabalha uma jornada de 44 horas mensais para lavar a roupa e cuidar da casa, já que são elas que normalmente assumem as tarefas de casa. Como essa profissional vai ter uma boa produtividade, ter lazer, ficar com a família?”, questionou Marinho.

O ministro disse ainda que é necessário enfrentar de forma madura o debate do fim da jornada de 44 horas, ainda mais no mundo moderno.  “Eu sou plenamente favorável a acabar com essa jornada de trabalho, que pode ser com uma PEC, mas com responsabilidade. Não sou contra a PEC para reduzir a jornada, mas chamo a necessidade do fortalecimento da negociação coletiva”, argumentou Marinho. Disse ainda que há setores como a saúde que funcionam 24 horas, e é necessário negociação coletiva com os sindicatos dos trabalhadores e dos empregadores.

Luiz Marinho afirmou que os baixos salários são a causa do país viver uma rotatividade grande no mercado de trabalho. “As pessoas, as vezes, trocam três vezes de trabalho por ano. Precisamos olhar para isso, corrigir essas distorções, para que o trabalhador tenha um emprego com mais duração e os talentos preservados”, ressaltou, dizendo que falta mão de obra em vários setores. Luiz Marinho também abordou a necessidade da indústria investir em tecnologia e reduzir os acidentes de trabalho.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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