Os trabalhadores terceirizados do Poupatempo/Lapa, o SINDEEPRES e o Consórcio Lapa Poupatempo não chegaram a nenhum acordo na audiência dePoupatempo/Lapa: não há acordo e greve continua instrução e conciliação realizada na quinta-feira (20) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região.

Apesar do pedido feito pelo consórcio de retorno imediato dos trabalhadores aos seus postos de trabalho, a desembargadora Odette Silveira de Moraes deu parecer favorável à continuidade da greve, por entender que os serviços prestados pelo Poupatempo não são essenciais. Com isso, a paralisação continua.

O Consórcio Lapa Poupatempo tem 48 horas para se manifestar em relação ao processo a partir de 8 de janeiro de 2013. Se a empresa não se manifestar positivamente, o processo será encaminhado para um desembargador do TRT, que será o relator do caso.

O relator enviará o processo para o Ministério Público do Trabalho para um parecer. Ao recebê-lo, marcará uma segunda audiência de conciliação. Não havendo acordo, ao final da audiência o relator determinará a data de julgamento do processo.

Os trabalhadores, que hoje têm salário de R$ 655,40, lutam por um piso de RS 953,52.

O SINDEEPRES – sindicato que representa a categoria – protesta por melhores condições de trabalho e de salário. A empresa até este momento não fez nenhuma proposta para equiparar o salário da unidade Lapa aos outros Poupatempo no estado.

O movimento, que conta com 95% de adesão, cobra equiparação salarial com as outras unidades. Os trabalhadores terceirizados do Poupatempo/Lapa ganham os menores salários do estado (entre os 31 Poupatempos).

O Consórcio Lapa Poupatempo (empresa empregadora) se nega a oferecer um salário digno e compatível com as outras unidades do Poupatempo. E até agora não fez nenhuma proposta justa para os trabalhadores. A situação é vergonhosa, segundo o presidente do SINDEEPRES, Genival Beserra Leite.

“O trabalhador que está empregado numa unidade do Poupatempo na capital recebe menos do que o que está no interior do estado. É vergonhoso para o poder público e para a empresa empregadora”, protesta Genival, que ainda lembra que o governo não pode permitir essa discrepância.

Paralisação

A greve teve início na segunda-feira (10/12). A unidade, na Zona Oeste de São Paulo, tem capacidade para até 10 mil atendimentos diários. Atende moradores de Pinheiros, Barra Funda, Freguesia do Ó, Jaraguá, Jaguaré, Lapa, Limão, Perdizes, Pirituba, São Domingos e Vila Leopoldina.

A greve foi decidida na última quarta-feira (5/12) pela categoria em assembleia geral, que deliberou pela paralisação dos serviços por tempo indeterminado, com início à zero hora de segunda-feira, dia 10.

O SINDEEPRES e os trabalhadores terceirizados do Poupatempo/Lapa pedem a compreensão da população, pois a empresa não deu alternativa aos seus empregados.

SINDEEPRES

Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo – é uma entidade sindical de representação de classe profissional fundada em 31 de agosto de 1992.

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