porteiro01No dia 9 de junho é comemorado o Dia do Porteiro, uma função que pode parecer simples, mas é bastante complexa. Fazem parte da rotina de trabalho fiscalizar a entrada e saída de diversas pessoas, ser cordial, estar atento aos acontecimentos e, dependendo das particularidades do local, operar modernos equipamentos eletrônicos.

“É uma profissão que não envergonha ninguém e, não deve ser encarada como um escape pela falta de outras oportunidades,” ressalta Wilson Santos, empresário no ramo de terceirização.

Por enquanto, a legislação trabalhista não exige a obrigatoriedade de cursos para exercer a função, mas ninguém nega a importância da capacitação para saber e executar bem suas tarefas. “A especialização seja em qualquer área é necessária para o aprimoramento profissional”, completa Wilson.

Mesmo com todas as tecnologias e avanços em sistemas eletrônicos, nada substitui a importância de um profi ssional responsável. Para José Elias de Godoy, especialista em segurança, a capacitação é tão importante quanto os equipamentos.

“Sem o equipamento você consegue trabalhar. É só seguir os procedimentos já treinados”, afirma Godoy.

Portanto além dos cursos, assistir vídeos, ler livros, aprender com palestrantes e profissionais ligados à área de atuação são bastante importantes.

Há também treinamentos que abordem câmeras de segurança, interfones, portões, que estão cada vez mais modernos e sofisticados.

Uma medida importante, tanto para síndicos, quanto para os moradores, é não confundir a função de porteiro com a do vigilante, que são completamente distintas. “São categorias diferentes. No caso do vigilante ele costuma estar armado”, diferencia Godoy.

Outro erro é tratar o porteiro como um ‘faz tudo’ do condomínio. “Esse fato de querer ser muito bacana com o morador é errado. Ele tem que saber o espaço dele. E não podemos também esquecer que o condomínio precisa dar apoio a ele”, lembrou Godoy.

No estado de São Paulo o número de porteiros/ controladores de acesso a cada dia está em crescente no setor, entre eles está Julio Cesar Oliveira, que trabalha há três anos na profissão e revela gostar bastante do que faz, porém acredita que os porteiros merecem mais respeito. “Nem todo mundo é compreensível. Se demora um pouco para abrir, por eu não conseguir visualizar quem está acessando, tem gente que já reclama. Alguns moradores não entendem”, afirma. “Mas para mim não há nada que incomoda. É da nossa profissão saber lidar com as pessoas”, completou Julio com um sorriso no rosto.