O ano de 2012 será decisivo para o Brasil manter seu crescimento e desenvolvimento. Como acompanhamos pela imprensa, há uma crise sem precedentes no seio do capitalismo. A melhor tradução disso é que os países, autodenominados ricos e desenvolvidos, passam por uma profunda ruptura na sua estrutura financeira, com graves consequências na área social, como o aumento do desemprego, da desigualdade, etc. Lembram o Brasil de não menos que uma década.
Apesar de o nosso País apresentar uma substancial melhora nos indicadores sociais e econômicos, não podemos desconsiderar que não somos uma ilha. O Brasil não está imune aos reflexos dessa crise na Europa e nos Estados Unidos.
Dessa forma, o governo brasileiro precisa estar atento aos sinais de reflexos dessa crise em nossa economia. E um bom termômetro é o emprego.
Em 2011, segundo balanço com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged -, do Ministério do Trabalho, foram criados 1,94 milhão de postos de trabalho, resultado 23% menor do que em 2010.
Alguém poderia dizer que o Brasil foi bem, pois muitos países – ricos e desenvolvidos – estão com dados negativos de geração de emprego. E que o número de 2010 foi um recorde, em um ano que o País teve crescimento do PIB em mais de 7%.
Mas é bom ficar atento a este alerta do emprego. O setor de trabalho temporário e terceirização é um termômetro para sabermos se a economia está crescendo ou não. E o SINDEEPRES continuará vigilante em sua missão de lutar, sempre, por mais emprego e mais renda.
Lembramos ainda que o Brasil enfrentou a crise de 2008 com uma política de aumentar investimento e geração de emprego e renda. Este é o caminho que deve ser repetido agora.
Mas o governo não pode demorar. A crise está batendo em nossas portas.
Genival Beserra Leite
Presidente