Genival Beserra Leite - PresidenteRecentemente o governo resolveu socorrer alguns setores que se disseram mais afetados pela crise econômica. Além de algumas condições especiais, as categorias destes setores afetados teriam direito ao aumento de 3 parcelas do seguro-desemprego.

É curioso que os critérios de risco e a medição da crise serão auferidos pelo Caged – órgão do Ministério do Trabalho, que irá determinar quais setores que deverão receber incentivos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, para enfrentar a crise.

Esta não foi e nem será a primeira crise enfrentada pelos trabalhadores do nosso país. Estamos acostumados aos grandes desafios, já enfrentamos dias piores e o presidente Lula sabe disso. Por isso não podemos permitir privilégios e o certo seria que o combate à crise fosse global, pois o desemprego é o mesmo em todos os setores da economia.

Não entendemos porque alguns setores poderão ter trabalhadores recebendo parcelas a mais do segurodesemprego enquanto outros, mesmo sofrendo os mesmos castigos da crise, continuarão a receber entre 3 e 5 parcelas. Que matemática é essa?

Não existe diferença do desempregado metalúrgico, bancário ou terceirizado, quando se perde o emprego, a sensação é a mesma e atinge a todos sem distinção. Portanto, não é justo discriminar algumas categorias e beneficiar outras, o critério precisa e deve ser corrigido pelo presidente Lula e os diversos setores da economia agradecem.

Entendemos que somos capazes de gerar soluções inteligentes para combater a crise e que outras propostas precisam ser analisadas, para contemplar com eficiência a iniciativa de combater o desemprego usando os investimentos do FAT.

Sem esquecer que os recursos do FAT são gerados, em sua maioria, pelos assalariados, ou seja, os que estão no mercado de trabalho.

Presidente
Genival Beserra Leite