Ao longo dos últimos anos, o Brasil tem muda­do a sua forma de ver e de fazer uma política de recomposição salarial eeditorialgenival de renda. Tanto na esfera do Estado (União, Estados e municí­pios) como na iniciativa privada. Assim, tive­mos na última década a maior recuperação da renda e do salário.

Essa realidade era, até então, um mito pre­sente na economia: aumento de salário gera inflação, que diminui o poder de compra do trabalhador (e de todos). Com esse mantra negativo, governos e empresas achatavam, sempre, os salários.

Nesta última década, a inflação esteve sempre dentro do teto da meta (por volta de 6,5%). Ou seja, mesmo com alguns preços de serviços estourados, como viagens e restaurantes, os valores da cesta básica mantiveram certa es­tabilidade. O que quebrou esse mito de que injetar mais dinheiro na economia (por meio do aumento de salários) pode fazer, ao final, o trabalhador perder mais dinheiro.

Esse fenômeno também teve reflexos no setor de terceirização. Ao longo da última década muitas conquistas foram alcançadas. Parti­cipação nos Lucros e/ou Resultadso (PLR) e salários e benefícios melhores foram conquis­tados – sempre com uma forte presença do SINDEEPRES, nas lutas em cada uma delas.

Em 2014, o processo de negociação – como mostrma as matérias desta edição – trouxe aos terceirizados o maior aumento entre todas as categorias.

Mas o processo precisa melhorar, pois parte do setor privado ainda não entendeu a impor­tância de valorizar os trabalhadores com o de­vido reconhecimento – aumento do salário e dos benefícios. Uma negociação lenta e com possibilidade de greve (com o debate ficando para a Justiça) nunca é o melhor caminho.

O SINDEEPRES, como representante dos trabalhadores, sempre busca melhorias para a categoria. Essa causa deve ser vista pelos empresários como algo bom para o setor. Mais valorização é a única forma de combater a postura negativa em relação à terceirização”

Por isso, o SINDEEPRES registra, com orgu­lho, mais essa vitória alcançada para a catego­ria e, conclama todos os empresários a fazer essa reflexão.

Negociar, mas avançar sempre!

Genival Beserra Leite
Presidente