Na quinta-feira (05/03) da semana do Dia Internacional da Mulher o programa Sindeepres Entrevista recebeu Rosmary Corrêa, a Delegada Rose. Fundadora e presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, ela foi a primeira delegada da Delegacia da Mulher. Hoje exerce o cargo de subsecretária de Assuntos Parlamentares da Casa Civil do governo do Estado. No programa Rose abordou temas relacionados às mulheres e ao dia dedicado a elas, uma data muito especial.
Nos últimos anos as coisas mudaram muito para as mulheres, mas para Rose algumas questões precisam ser solucionadas. “Infelizmente temos ainda alguns problemas sociais, principalmente em relação à equiparação salarial com o homem. Continuaremos lutando para que haja igualdade”, disse.
Sobre a situação da mulher nos dias atuais, Rose afirmou que as mulheres estão conseguindo mais espaço na sociedade. “Está havendo um entendimento maior sobre o papel da mulher na última década.”
Mesmo com maior respeito na sociedade a mulher ainda sofre muito com a violência doméstica. No entanto, dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indicam que o número de homicídios de mulheres dentro dos seus lares diminuiu em 10% depois da Lei Maria da Penha. “A Lei Maria da Penha é uma das leis mais completas do mundo para o atendimento à mulher vítima de violência”, observou.
A Delegada Rose explicou que em boa parte dos casos a mulher agredida acha que a agressão vai acontecer apenas uma vez, mas isso passa a se repetir e a violência é cada vez maior. Por isso ela pede para que na primeira agressão a mulher vá à delegacia ou ao Centro de Referência da Mulher. “A mulher acha que o marido vai bater e depois levar flores no dia seguinte, mas isso só acontece na primeira vez. Houve a agressão, tem que ir à delegacia ou ao Centro de Referência da Mulher para relatar o caso. Nunca deixe para lá, pois isso acaba virando uma bola de neve.”
A primeira Delegacia da Mulher, iniciativa pioneira idealizada pelo Conselho de Estadual da Condição Feminina, foi implantada em 1985. Atualmente existem 140 em São Paulo e 450 no Brasil.