Se outubro foi rosa, o mês de novembro é azul dedicado à conscientização realizada por diversas entidades sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Este tipo de câncer ocorre somente em homens, já que a próstata é uma glândula exclusiva do sexo masculino, e mais frequentemente naqueles acima dos 50 anos de idade.
Existem dois componentes muito importantes para o desenvolvimento do câncer de próstata: o fator genético e o ambiental. Com relação ao primeiro, é notória a importância do histórico familiar.
Se o paciente tenha o seu pai com câncer de próstata, o seu risco de ter aumenta em 2,1 vezes. Caso tenha mais do que dois parentes de primeiro grau acometidos, esse risco aumenta para 5 vezes. Com relação aos fatores ambientais, a dieta tem papel importante sendo que o consumo elevado de gordura poliinsaturada é prejudicial.
Diagnóstico e prevenção
Ainda não existe nenhuma droga ou suplemento que previna a doença, apesar de vários estudos realizados. Na avaliação anual com o urologista, os pacientes devem realizar o exame PSA (antígeno prostático específico) e devem ser submetidos ao exame físico, que inclui o toque retal da próstata, e surgindo a suspeita, deve ser submetido a uma biópsia de que faz o diagnóstico completo.
O câncer de próstata nos seus estágios iniciais não apresenta sintomas. Por isso é fundamental o acompanhamento periódico com o urologista, na tentativa de se fazer o diagnóstico precoce da doença, aumentando assim, as chances de cura com o tratamento.
Preconceito ainda é uma grande barreira
Um estudo recente realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) constatou que dentre os 3.500 homens questionados, 51% não realizavam avaliações rotineiras com o urologista. “E isso acontece, muitas vezes, por preconceito com o exame de toque retal, que é um exame rápido, indolor e não traz nenhum prejuízo ao paciente”, afirma o urologista Álvaro Bosco, do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer. Observou-se também nesta pesquisa a importância das mulheres, uma vez que 90% dos homens que procuram o acompanhamento médico, o fazem por incentivo de suas companheiras.