Criada no ano de 1996, a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) é um imposto cruel e injusto, cobrado por qualquer movimentação de valores bancários e que deveria ter sido extinta em 1999. Não foi e seguiu com quatro prorrogações até 2007.
Além de ser uma cobrança sem sentido, um dos grandes problemas da CPMF já começa exatamente no seu nome. Segundo o dicionário, “contribuição” significa “cooperação, ajuda, apoio”, ou seja, algo feito de bom agrado e sem nenhuma obrigação. Se ela for novamente aprovada, nós teríamos poder de escolha se queremos ou não pagá-la? Infelizmente não.
Já o sentido da palavra “provisório” é algo feito para durar um determinado tempo. O problema é que essa dita “cobrança temporária” durou, no passado, longos 11 anos. Trouxe poucos benefícios e tampouco deixou saudades.
Esse sistema confiscatório criado pela CPMF é tirano. Uma das alegações para sua volta é que o dinheiro arrecadado será usado para cobrir o rombo da Previdência Social. No passado, ela era usada para custear o sistema público de saúde, que era de péssima qualidade e pouca coisa foi resolvida.
Todos nós seremos afetados pela CPMF, pois vale tanto para quem saca dinheiro no caixa eletrônico quanto para quem paga a fatura do cartão de crédito. Para ter uma rápida ideia da conta que iremos pagar: qualquer pessoa que sacar R$ 1 mil do banco, pagará R$ 2,00 de imposto.
Sem dizer que a cobrança tem efeito cumulativo e incide em diversas camadas da cadeia produtiva. Pegaremos um exemplo bem simples: o pãozinho nosso de cada dia. Quem produz o trigo paga a CPMF no gasto da matéria-prima. O fabricante da farinha, paga CPMF ao comprar o trigo. O padeiro quando compra a farinha paga a CPMF. E nós, quando levamos o pãozinho, pagamos mais uma vez a CPMF.
Com isso, o governo espera arrecadar R$ 32 bilhões e sua previsão é de que a CPMF dure quatro anos, para posteriormente ser extinta. Porém, no passado, esse “provisório” durou por mais de uma década e o risco de o governo tornar-se dependente da CPMF é bem grande.
Trabalhadores Terceirizados fiquem atentos! Essa luta é nossa e o SINDEEPRES será oposição contra mais esse imposto criado para extorquir os nossos bolsos.
Genival Beserra Leite
Presidente